Acervo da Memória e do Viver Afro-Brasileiro
Caio Egydio de Souza Aranha

A historia do Pai Caio de Xangô tem inicio na fundação da Congre-gação Espirita Beneficente Pai Jerônimo, um Terreiro de Umbanda, que do Brás transferiu-se para Rua Mucuri, Jabaquara onde foi muito conhecido a sua época.A migração para o Candomblé ocorreu natural-mente, sendo orientado
neste percurso por Tia Massi do Engenho Velho, Mãe Gilú e Mãe Menininha do Gantois, Bahia.Pai Caio de Xangô, adquiriu o espaço físico de 4000 m2 e deu início às obras do Axé Ilê Obá, com recursos próprios e com a perspectiva de transmitir às gerações futuras os ensinamentos da Tradição, Culto e Cultura dos Orixás africanos, o terreiro de candomblé foi inaugurado no dia 12
de fevereiro de 1975 e logo se tornou um dos mais importantes
locais dedicados aos cultos afro na cidade.
Pai Caio de Xangô com seus filhos foram um dos primeiros a
gravar disco de cantos (orin) de camdomblé no Brasil. Difundindo
desta forma o culto aosOrixás. E também com a finalidade de
obter recursos para a sua grande obra o palácio de Xangô hoje
sede do Axé Ilê Obá, onde sonhava Pai Caio de Xangô
implantar o"1º Seminário Teológico do Candomblé" do Brasil,
onde todos estes ensinamentos pudessem ser transmitidos de forma sistematizada aos que se iniciassem como sacerdotes ou sacerdotisas da religião. Pai Caio de Xangô sempre foi muito ativo junto a comunidade e trafegava nos diversos espaços sociais, dedicando-se ainda a atividades sociais beneméritas, teve importante atuação tanto dentro quanto fora do ambiente religioso. Sua atuação transcendeu o espaço do terreiro e divulgou não apenas a religião como o modo de vida e a importância do diálogo na comunidade.
Em 1985 desencarna Pai Caio de Xangô. Depois de se manter os principios e período de resgardo da casa, em 1986 Mãe Sylvia de Oxalá o sucede
Pai Caio de Xangô
